Não é um Bairro Alto ou uma Baixa mas tem os seus encantos. Quem o garante é Javier Martín que assina no El País um artigo sobre o "bairro secreto de Lisboa". E secreto só pode ser, porque ali não se vêem tuk tuk e ainda se vende café a 50 cêntimos.
"Não há lojas de 'souvernirs' e na barbearia Moderna ninguém se recorda de quando lhe puseram tal nome", escreve o jornalista. "Encurralados o Chiado, o Bairro Alto ou a Baixa, os jovens criadores e empreendedores vêem o futuro onde em todo o século XIX só houve decrepitude. Agora, para descobrir as últimas [tendências] de Lisboa, das galerias de arte às cervejas artesanais, há que passar por Marvila".
Mas o que é Marvila para o El País? O jornal faz referência a dois mundos próximos, mas distintos: o quotidiano e o criativo.
Sobre o quotidiano, o El País destaca os cafés e os quiosques da praça David Leandro da Silva, onde se ouve fado logo pela manhã, e a vida rotineira dos trabalhadores ("mecânicos") que começam o dia no Café Velho, ou n'A Doca, na rua José Domingos Barreiros.
Quanto à sua faceta mais "in" e criativa, Javier elogia a reconversão de armazém em espaços de coworking (como aconteceu com os antigos armazéns Abel Pereira da Fonseca), as galerias de arte (em especial a galeria Underdogs, fundada por Vhils), a cerveja artesanal da cervejeira Dois Corvos e a vida noturna do Poço do Bispo, proporcionada por espaços como a Fábrica do Braço de Prata.
O artigo pode ser lido na íntegra, aqui.