Zahi Hawass adiantou ainda que nenhum artefacto foi roubado quando se deu a revolta há mais de duas semanas nem nenhuma sinagoga ou igreja foi danificada.
No total são 25 os artefatos que precisam de ser restaurados, incluindo uma estátua de Tutankahamon e parte do tesouro descoberto na tumba encontrada pelo arqueólogo britânico Howard Carter, em 1922.
“Começámos a restaurar os objetos há dois dias”, declarou Zahi Hawass na quarta-feira à Reuters. “Daqui a três dias todos estes monumentos estarão completamente restaurados”, afirmou.
Valeu ao museu o facto de ter sido durante a noite que os protestantes invadiram o espaço. “Graças a Deus que o museu estava às escuras e eles não conseguiam ver bem”, conta Hawass referindo-se aos intrusos que chegaram a pilhar a loja de recordações do museu.
Hawass agradeceu aos protestantes anti-governo que fizeram guarda à porta do museu e chegaram a apanhar alguns dos transgressores quando tentavam fugir. “Foi muito bom saber que estes verdadeiros egípcios estavam a tentar proteger o museu”, declarou.
Todas as pirâmides e tumbas em Saqqara mantiveram-se intactas, bem como as Pirâmides de Gizé e no Vale dos Reis garantiu ainda o mesmo responsável que não apontou uma data para a reabertura dos monumentos egípcios ao público.
Na Península do Sina chegaram a ser roubados 393 objetos antigos de um armazém, mas mais tarde acabaram por ser devolvidos depois de Zahi Hawass ter dito na televisão que as peças nunca poderiam ser vendidas sem ele descobrir.