Os resíduos criados pela indústria nuclear são altamente nocivos para o planeta. Consciente dessa realidade, uma start-up norte-americana, a Kurion, acaba de criar uma solução ecológica que converte o lixo nuclear em vidro de forma barata.
Os resíduos criados pela indústria nuclear são altamente nocivos para o planeta. Consciente dessa realidade, uma start-up norte-americana, a Kurion, acaba de criar uma solução ecológica que converte o lixo nuclear em vidro através de um processo mais barato do que os já existentes.
O processo, apelidado de vitrificação, não é novo e já existe na Europa, permitindo transformar as partículas radioativas em vidro, o que possibilita que este se mantenha estável por um logo período de tempo. Porém, a nova solução é mais económica, garantem os criadores.
Ao Wall Street Journal, John Raymont, da Kurion, explicou que esta ideia surgiu em Março de 2011, quando a sua empresa foi contratada para limpar os resíduos nucleares do acidente de Fukushima, no Japão.
A nova tecnologia de tratamento de resíduos da empresa consiste em filtrar a radiação da agua contaminada e reciclá-la, convertendo-a em vidro e armazenando as partículas radioativas nesta superfície. Quando o processo está concluído, o vidro é introduzido em latas de aço e enterrado.
A grande vantagem desta tecnologia desenvolvida pela empresa norte-americana é que a estrutura da Kurion permite executar este processo de forma mais barata e flexível, o que o diferencia das restantes técnicas de vitrificação utilizadas na Europa, muito dispendiosas.
Saliente-se que, recentemente, a companhia voltou a ser chamada para limpar um dos lugares mais perigosos do mundo: os tanques de armazenamento de Hanford Site, em Washington, onde os Estados Unidos fabricaram bombas, que contêm um total de 211 milhões de litros de resíduos nucleares e estão a verter.