Lançadas para o espaço em Setembro, as sondas gémeas do Laboratório de Recuperação da Gravidade e Interior (Grail, na sigla em inglês) demoraram cerca de três meses a percorrer quase 4,2 milhões de quilómetros para entrar, este fim de semana, na órbita da Lua.
A Nasa classifica a missão Grail (“Grail” significa “graal” em português) como uma verdadeira “viagem ao centro da Lua” já que a medição da força de gravidade permitirá a construção de mapas do interior de satélite
cem a mil vezes mais precisos do que os que foram conseguidos até agora.Com esses dados, os cientistas vão tentar perceber o que há por baixo da superfície lunar e compreender por que motivo a face oculta da Lua é mais irregular e montanhosa do que a face que vemos da Terra.
Pretende-se também estudar a teoria, formulada em 2011, de que a Lua sofreu, em tempos, uma colisão com uma segunda lua que teria orbitado o nosso planeta.
Apesar de já se terem realizado mais de cem missões à Lua – incluindo as seis viagens tripuladas da missão Apollo no final dos anos 60, início dos anos 70 – os cientistas ainda desconhecem o que existe no interior do satélite natural da Terra.
A missão do Grail deve durar 82 dias mas se as sondas resistirem ao eclipse solar de Junho, a missão poderá ser prolongada.
A missão será também acompanhada de perto pelas escolas norte-americanas já que cada uma das sondas, impulsionadas por energia solar, está equipada com quatro câmaras que serão operadas por estudantes do ensino secundário.
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