“Em Espanha já é difícil encontrar-se espécies novas. Depende da complexidade do grupo de plantas que estudamos”, afirma à agência noticiosa SINC Antonio Galan de Mera, autor principal e investigador do departamento de Biologia da Universidade San Pablo, de Madrid.
De acordo com o estudo realizado sobre as novas espécies na revista especializada Annales Botanici Fennici, a identificação destas novas plantas não foi tarefa fácil.
“Tivemos de compará-las com numerosos exemplares da Europa, sobretudo espanhóis e portugueses, que nos foram emprestados por outros colegas”, conta Galán de Mera.
A Taraxacum decastroi e a Taraxacum lacianense são plantas com folhas longas e pouco pólen, por se reproduzirem através das sementes e sem fertilização. São plantas com frutos “bastante característicos”, com pouca ornamentação – o que as diferenciam de outras espécies da Península”, acrescentaram os cientistas.
A descrição destas novas plantas representa uma grande novidade na biodiversidade floral da Península Ibérica, e vão agora juntar-se a mais de 50 outras espécies do género Taraxacum.
As recentes plantas serão incluídas no capítulo do “género Taraxacum”, num trabalho sobre “Flora Ibérica”, publicado pelo Conselho Nacional de Investigação Científica, em Espanha, desde 1986.