Ciência

Dormir entre 7 a 8 horas por noite aumenta fertilidade

Uma equipa de investigadores norte-americanos e sul-coreanos garante que as mulheres que estejam a tentar engravidar, se dormirem entre sete a oito horas todas as noites, aumentam significativamente a probabilidade de conceção. Além disso, uma rotina
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Uma equipa de investigadores norte-americanos e sul-coreanos garante dormir entre sete a oito horas todas as noites, aumenta, nas mulheres, a probabilidade de engravidar. Além disso, uma rotina nos horários de deitar e acordar, também ajuda a aumentar a taxa de sucesso. 
 
Aquelas que não dormem o suficiente, sujeitam-se a uma taxa inferior de sucesso na gravidez. Quem o diz é um estudo realizado com mulheres sujeitas a fertilização 'in vitro', segundo o qual os cientistas acreditam que todas as mulheres passam a beneficiar com noites de 7-8h sono, a começar três semanas antes do momento em que vão começar a tentar engravidar.
 
Há já vários anos que os especialistas aconselham os adultos a dormir entre oito a nove horas de sono, tanto por motivos de problemas cardíacos, obesidade, determinados tipos de cancro e até de demência. 
 
No entanto, nenhuma investigação tinha determinado, ainda, os efeitos que uma boa noite de sono pode ter na fertilidade. Daniel Park, docente na Universidade da Coreia do Sul, e a sua equipa, quiseram tirar as dúvidas e deram conta que, em mulheres sujeitas a processos de fertilização 'in vitro', a probabilidade de engravidar aumenta 53% se as mesmas dormir entre sete a oito horas por noite. Naquelas que dormem nove horas ou mais a taxa de sucesso é de 43% e nas que dormem menos de seis é de 46%. 
 
Os resultados foram apresentados pelo responsável num encontro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, em Boston. “É normal as pessoas pensarem que um bom sono só tem efeitos positivos na fertilidade. No entanto, o nosso estudo vem provar que horas a mais podem ter um efeito contrário. Aqueles com um sono mais pesado tendem a ter estilos de vida mais irregulares: deitam-se e levantam-se tarde, não tomam o pequeno-almoço, e isso afeta a fertilidade”, refere, citado pelo jornal britânico Daily Mail.
 
Park diz ainda não ter uma explicação clara, mas há já outros especialistas a avançar com teorias de que o sono afeta certas hormonas no organismo. Hyan Shim, por exemplo, dirige uma clínica de fertilidade em Hwasung, garante que dormir demais aumenta os níveis hormonais da prolactina, prejudicial à fertilidade. Já aquelas que dormem pouco, tendem a aumentar os níveis de hormonas do stress como é o caso do cortisol, altamente prejudicial para a reprodução.

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