A equipa da Universidade de Uppsala recorreu a 15 homens jovens de peso médio. Num dos testes, os participantes foram submetidos a uma noite em claro, após a qual os investigadores recolheram amostras de sangue. Passados alguns dias, o sangue dos mesmos participantes foi analisado, mas desta vez após uma noite de sono de oito horas.
Os resultados das análises demonstram que a privação do sono conduz ao aumento, em cerca de 20 por cento, dos níveis do sérum Neuron-Specific Enolase (NSE) e da proteína S-100B.
Ambas as moléculas estão associadas a lesões cerebrais e doenças degenerativas pelo que o líder da investigação, Christian Benedict, afirma que dormir bem “pode ser uma situação crítica para manter a saúde do cérebro”.
A equipa de Christian salienta ainda – no estudo que foi publicado este mês na revista SLEEP – que dormir ciclos ‘regulares’ promove uma descida de cerca de 30 por cento na glucose do cérebro, durante a fase de sono, indicando uma descida acentuada da perda de energia do sistema nervoso central.
Morte de células cerebrais
Esta situação inverte-se durante os períodos de vigília noturna (vulgarmente conhecidos como 'diretas') que provocam um aumento da produção de substâncias reativas de oxigénio (conhecidas como ‘ROS’, sigla em inglês).
Em experiências anteriores, salientam os investigadores da Universidade de Uppsala, já foi provado que as substâncias ROS afetam diretamente os neurónios e podem provocar a morte das células cerebrais.
Os investigadores suspeitam que o aumento das concentrações de NSE e da proteína S-100B, registado após uma noite sem dormir, pode ser fruto do aumento das ROS.
Esta já não é a primeira vez que os investigadores provam as vantagens de dormir bem. Ainda recentemente foi divulgado um estudo da Universidade de Rochester (EUA) que prova que uma boa noite de sono ajuda a eliminar toxinas do cérebro.
Clique AQUI para aceder ao estudo completo (em inglês).