O Prémio Sakharov para a liberdade de pensamento, atribuído pelo Parlamento Europeu, foi atribuído esta quinta-feira ao dissidente cubano Guillermo Fariñas, que esteve em greve de fome por 135 dias pela libertação de 52 presos políticos do regime de Cuba.
Fariñas,48 anos, psicólogo, jornalista e antigo combatente, irá receber o galardão e um prémio monetário no valor de 50 mil euros, em dezembro. Ao todo, de acordo com a agência Reuters, Fariñas já fez mais de 20 greves de fome contra o regime de Fidel Castro.
A União Europeia e os EUA há muito que pressionam Havana para libertar os prisioneiros políticos, melhorar os direitos humanos e dar um passo em frente para uma melhor democracia.
Esta é a terceira vez em 10 anos que este galardão é atribuído a cubanos que se opõe ao regime. O opositor Oswaldo Paya Sardinas foi distinguido em 2002 e em 2005 forma as Damas de Branco, movimento de que reúne as mulheres e familiares de dissidentes detidos.
O Prémio atribuído pelo Parlamento Europeu lembra Andrei Sakharov, físico nuclear convertido em ativista dos direitos humanos da antiga União Soviética, falecido em 1989, um mês depois da queda do Muro de Berlim.