Uma jovem portuguesa criou um dispositivo capaz de identificar o tipo sanguíneo em apenas cinco minutos, uma solução que poderá ser de ouro em cenários de emergência e catástrofe e que já lhe valeu um prémio atribuído pela Microsoft.
Uma jovem portuguesa criou um dispositivo capaz de identificar o tipo sanguíneo em apenas cinco minutos, uma solução que poderá ser de ouro em cenários de emergência e catástrofe. A invenção valeu a Ana Ferraz a vitória na Final Nacional da Imagine Cup 2013, a maior competição tecnológica à escala mundial dirigida a estudantes universitários.
O projeto “For a Better World” (“Por um Mundo Melhor”, em português), desenvolvido pela aluna de doutoramento da Universidade do Minho, que agora representará Portugal na Final Mundial da prova, na Rússia, materializa-se num dispositivo portátil que permite, de forma automática e em sensivelmente cinco minutos, detetar o grupo sanguíneo.
Este sistema, que se baseia na tecnologia Visual Studio 2012 e que, segundo a Microsoft Portugal, “promete ser uma aposta forte na final mundial da competição”, disponibiliza informações precisas que pretendem auxiliar profissionais de saúde em situações de emergência, reduzindo os riscos de incompatibilidade, nomeadamente em transfusões.
O dispositivo apresenta uma metodologia de determinação do grupo sanguíneo inovadora, mais rápida, mais simples e menos dispendiosa em comparação com os métodos tradicionais, podendo contribuir para a resolução de problemas como a celeridade na obtenção dos resultados, decisiva para a adequação do tratamento em emergências.
Outra vantagem da invenção de Ana Ferraz é a sua “portabilidade”, já que pode ser transportado de forma simples, contrariamente aos dispositivos atuais, o que facilita a utilização em diferentes contextos.
De realçar que este equipamento possibilita ainda a análise e a realização de outros testes de pré-transfusão sanguínea, por meio dos quais é possível detetar a presença de antigénios no sangue do paciente e perceber que possíveis incompatibilidades podem existir no processo de transfusão, reduzindo a possibilidade de erro humano associada.
Esta segunda-feira, a estudante da Universidade do Minho conquistou, com este dispositivo, o primeiro prémio na final nacional da Imagine Cup, no valor de 3.000 euros, na categoria “Cidadania”, e a oportunidade de representar o nosso país na “finalíssima” internacional da competição, que decorre, entre 8 e 11 de Julho, em São Petersburgo, na Rússia.
No total eram 10 os projetos portugueses a concurso na Imagine Cup. Tiago Fernandes, aluno da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), garantiu o segundo lugar ao vencer na categoria “Inovação” com uma plataforma – a Taggeo – que permite que utilizadores de telemóveis troquem mensagens geolocalizadas.
A completar o pódio ficou o projeto de uma equipa de estudantes da Universidade da Beira Interior, que ganhou na categoria “Jogos” com o desenvolvimento do jogo de plataformas Kieran's Journey, revelou a Microsoft Portugal.
Notícia sugerida por Andreia Melo