O jovem, de 25 anos, vai passar os próximos meses a criar os algoritmos que vão processar a informação molecular dos produtos e convertê-la em informação sobre pesticidas que seja compreensível ao utilizador comum.
Caso seja bem sucedido, o projeto "Scan Eat" avançará para uma segunda fase, onde o estudante poderá receber um segundo incentivo de 500 mil euros.
A ideia é inspirada no Scio, um projeto israelita, que consiste num equipamento portátil para rastrear a composição molecular de plantas, alimentos e medicamentos.
Este dispositivo, criado em 2014, também usou um espectómetro de infravermelhos do tamanho de uma pen USB. Foi esta característica do projeto que inspirou o estudante a criar um detetor portátil de pesticidas.
Para usar o "Scan Eat" será necessário fazer download de uma aplicação no telemóvel e analisar a fruta ou legume com o dispositivo (também do tamanho de uma pen USB).
Batatas recebem cerca de 18 tratamentos químicos
Se for comercializado, este 'gadjet' poderá ser de grande utilidade para o consumidor, que passará a aceder a informação crucial sobre a produção dos alimentos que consome.
Por exemplo, segundo o site Potato Business, que cobre a indústria da batata ao nível global, uma simples batata é tratada com pesticidas 18,9 vezes antes de chegar às prateleiras. Numa maçã, esse número sobe para 35,1 vezes (fungicidas, inseticidas, herbicidas).
Notícia sugerida por António Resende