Uma equipa de investigadores das Universidades de Liverpool e de West of England (UWE) criaram um dispositivo capaz de detetar odores na urina, o Odoreader, que ajuda a diagnosticar sinais precoces de cancro na bexiga.
Uma equipa de investigadores das Universidades de Liverpool e de West of England (UWE) criaram um dispositivo capaz de detetar odores na urina, o Odoreader, que ajuda a diagnosticar sinais precoces de cancro na bexiga.
De acordo com o comunicado do estudo, o dispositivo contém um sensor capaz de reconhecer os químicos dos gases emitidos pela urina, traçando-lhes um “perfil” que pode ajudar os cientistas a diagnosticar a presença de células cancerígenas.
Os investigadores partiram da premissa de que os cães, treinados para o efeito, conseguem farejar odores que indiciam a presença de cancro, pelo que, como explica o Professor Norman Ratcliffe, da UWE, o dispositivo foi desenvolvido para “identificar o perfil dos odores contidos na urina”.
Em apenas 30 minutos, o Odoreader é capaz de analisar as amostras de urina e apresentar o diagnóstico da doença, sendo que, de acordo com o comunicado da universidade, o aparelho acertou no diagnóstico de todos os pacientes testados.
Os investigadores utilizaram 98 amostras de urina para desenvolver este aparelho, que foi testado em 24 pacientes com cancro já diagnosticado e noutros 74 com sintomas urulógicos.
A equipa refere que é necessário realizar ainda mais testes antes de colocar o dispositivo a funcionar nos hospitais, sublinhando, no entanto, que esta tecnologia vai possibilitar reduzir os custos dos tratamentos deste tipo de cancro, que são habitualmente muito elevados.
Este estudo desenvolvido pelas Universidades de Oxford e West of England, em parceria com o Bristol Urological Institute, foi publicado no jornal norte-americana PLOS ONE.