Um novo dispositivo desenvolvido pela empresa australiana Electro Optic Systems permite rastrear com exatidão objetos de todos os tamanhos que contribuem para a crescente massa de lixo espacial. Estes desperdícios de objetos enviados para o espaço ameaçam naves e satélites que orbitam a Terra, pelo perigo de colisão.
De acordo com os cálculos dos astrónomos da Agência Espacial Europeia (ESA) estão em órbita 200 mil objectos de menos de um centímetro de diâmetro e mais 500 mil com maiores dimensões.
No entanto, os sistemas de rastreio desenvolvidos até agora não permitem detetar objetos tão pequenos, o que levou a empresa de Craig Smith a responder ao problema com uma nova solução.
O dispositivo da Electro Optic Systems dispara raios laser para o espaço a partir da Terra. Depois, mede o tempo no qual o sinal luminoso demora a fazer a viagem até ao objeto e do objeto novamente à Terra. Esse tempo é multiplicado pela velocidade da luz, obtendo-se, assim, a distância exata.
A empresa prevê colocar o primeiro telescópio na estação de Mount Stromlo, perto de Camberra. Posteriormente, a rede de lasers seria ampliada ao resto da Austrália e a todo o mundo, para distribuí-la de forma estratégica em dez lugares de ambos os hemisférios, evitando falhas na localização dos detritos.