As Ilhas Desertas, três ilhéus de origem vulcânica localizados a sudeste da ilha da Madeira, vão ser, esta quinta-feira, agraciadas com o Diploma Europeu para as Áreas Protegidas entregue pelo Conselho da Europa.
As Ilhas Desertas, três ilhéus de origem vulcânica localizados a sudeste da ilha da Madeira, vão ser, esta quinta-feira, agraciadas com o Diploma Europeu para as Áreas Protegidas entregue pelo Conselho da Europa depois de uma decisão tomada em Estrasburgo, França, no passado mês de Março.
Com a atribuição deste galardão, Portugal passa a ter duas Áreas Protegidas reconhecidas pelo organismo europeu, ambas situadas na Região Autónoma da Madeira: a Reserva Natural das Ilhas Selvagens e, agora, a Reserva Natural das Ilhas Desertas.
A entrega formal do Diploma Europeu para as Áreas Protegidas decorrerá hoje na Quinta da Vigia, residência oficial do presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, que receberá a visita oficial de um representante do Conselho da Europa.
Em comunicado, Paulo Oliveira, diretor do Serviço do Parque Natural da Madeira, que promoveu a candidatura e esteve presente na reunião onde foi determinada a entrega do prémio àquele território português, afirma que este é um justo galardão “para o património natural excecional que são as Ilhas Desertas, mas também para todos quantos têm contribuído para que aquela reserva seja vista pela Europa como uma área gerida de forma exemplar”.
“Nesse leque, é justo destacar a população madeirense, que sempre nos apoiou neste desafio, reconhecendo a importância do trabalho que desenvolvemos em prol da conservação da biodiversidade, tendo sempre como aspeto fundamental o factor humano”, acrescenta o responsável.
Para Paulo Oliveira, este diploma europeu “consolida a importância que estas ilhas possuem enquanto polo de atração para a atividade turística”, considerando que “o turismo de natureza está a alicerçar-se, cada vez mais, neste tipo de produto, que, no caso da Madeira, é altamente diferenciador”.
O dirigente acredita que o reconhecimento da dimensão e importância socioeconómica destes ilhéus, não reconhecidas “num passado recente”, irá permitir “fazer melhor trabalho de conservação da biodiversidade, na medida em que existirá uma cada vez maior consciência pública da sua relevância transversal”.