Ciência

Dinossauros: Novas espécies achadas por acaso em museu

Um paleontólogo britânico descobriu, por acaso, duas novas espécies de dinossauro que há mais de 75 anos estavam em exposição num museu no Canadá sem que ninguém se apercebesse de que eram ainda desconhecidas.
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Um paleontólogo britânico descobriu, por acaso, duas novas espécies de dinossauro que há mais de 75 anos estavam em exposição num museu no Canadá sem que ninguém se apercebesse de que eram ainda desconhecidas. O achado prova que as espécies existentes naquela região eram muito mais variadas do que inicialmente se pensava. 
 
Foi quando estudava os fósseis de dois dinossauros da família dos ceratopsídeos – que viveram, maioritariamente, na América do Norte – que Nick Longrich, da Universidade de Bath, no Reino Unido, descobriu um par de animais pertencentes a espécies nunca documentadas pela Ciência. 
 
“Pensávamos ter descoberto a maior parte das espécies, mas parece que há muitos dinossauros por descobrir”, afirma, em comunicado, o investigador do departamento de biologia e bioquímica daquela instituição universitária. “Há muitas mais espécies espalhadas por aí. Ainda estamos apenas a 'arranhar' a superfície”, garante.
 
Um dos dinossauros, denominado “Pentacerotops aquilonius”, representa, explica a universidade, uma nova espécie de pentacerátopo, um primo mais pequeno dos tricerátopos com tamanho semelhante ao de um búfalo, herbívoro e que terá vivido naquela região no fim do Período Cretáceo, há cerca de 75 milhões de anos.
 
O outro dinossauro descoberto corresponderá, adianta o comunicado, a uma nova espécie de cosmocerátopos, um conjunto de dinossauros também herbívoros e que teriam 15 cornos, mais do que qualquer outro dinossauro dos ceratopsídeos. 
 
Anteriormente, os dois estavam classificados como pertencendo a espécies associadas ao Canadá, mas depois de uma nova análise aos fósseis, Longrich percebeu que os dinossauros se aproximavam mais dos que terão habitado o sudeste da América. 
 
“A distribuição das espécies de dinossauros era muito diferente dos padrões que vemos em mamíferos vivos, já que estes tendem a corresponder a poucas, mas amplas espécies espalhadas por muitos locais. No caso dos dinossauro do Cretáco, vimos muitas espécies num único habitat”, nota o paleontólogo.
 
“Além disso, as espécies de dinossauros tendem a ser muito 'regionais'. À medida de saltamos de um habitat para outro, encontramos espécies completamente diferentes”, o que explica a razão pela qual as descobertas têm continuado ininterruptamente e pode ser justificado pela biologia destes animais. 
 
Segundo Longrich, cujo estudo foi publicado na revista científica Cretaceous Research, “a biologia dos dinossauros parece ser muito diferente da dos mamíferos. É possível que os mamíferos sejam mais inteligentes e, portanto, sigam comportamentos mais flexíveis, adaptando-os aos seus habitats”.
 
“Por outro lado, os dinossauros podem ter tido de se adaptar, fisicamente, para tornar possível a sobrevivência em habitats diferentes, evoluíndo até surgirem novas espécies. Talvez isso explique por que motivo há tantas”, sugere. 
 
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).

Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes

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