“Bastou uma pequena porção de proteína – apenas 20 gramas por dia – para que os participantes indicassem uma redução no risco de AVC”, revela em comunicado de imprensa o autor principal do estudo Xinfeng Liu, da University School of Medicine de Nanjing, na China.
“Serão necessários mais estudos para avançar com recomendações oficiais mas esta evidência é bastante forte”, acrescenta o investigador. A equipa de Xinfeng Liu analisou e cruzou os dados de vários estudos realizados nos últimos anos sobre a relação entre o consumo de proteína e o risco de AVC.
Os estudos envolveram a participação de mais de 250 mil pessoas que foram seguidas ao longo de, pelo menos, 14 anos. Os resultados tiveram em conta outros fatores como o consumo de tabaco ou o colesterol alto.
O cruzamento de dados confirmou que os participantes que mais consumiam proteína tinham, regra geral, uma probabilidade 20 por cento inferior de sofrer de AVC, comparando com os participantes que consumiam pouca proteína.
“Se a ingestão de proteína da população chegasse a esta média, conseguiríamos evitar mais de 1.4 milhões de mortes anuais por AVC, bem como uma serie de incapacidade que resultam destes ataques”, garante o investigador.
Proteína de peixe e não de carne vermelha
Liu salientou que os estudos analisados não se focaram em pessoas que comem carne vermelha (que é conotada a um maior risco de ataque cardíaco) mas em participantes cuja fonte proteica é sobretudo o peixe ou as carnes magras.
“Isso sugere que o risco de AVC pode ser reduzido, cortando a carne vermelha e aumentando outras fontes de proteína, como o consumo de peixe”, diz Liu. A proteína tem a capacidade de reduzir a pressão arterial e será provavelmente esse efeito que conduz a uma redução do risco de AVC.
Notícia sugerida por Maria da Luz