As jovens que pratiquem uma dieta rica em fruta e vegetais são aquelas que apresentam artérias em melhor estado ao fim de 20 anos. Quem o diz é um estudo levado a cabo no Instituto de Coração de Minneapolis, segundo o qual uma alimentação saudável re
As jovens que pratiquem uma dieta rica em fruta e vegetais são aquelas que apresentam artérias em melhor estado ao fim de 20 anos. Quem o diz é um estudo levado a cabo no Instituto de Coração de Minneapolis, segundo o qual uma alimentação saudável reduz significativamente o endurecimento das artérias.
O mesmo, no entanto, parece não acontecer nos homens, o que está ainda a criar dúvidas entre os especialistas relativamente ao motivo que leva esta dieta a ter efeitos benéficos apenas ao nível do género feminino. As conclusões foram agora apresentadas em conferência, no Colégio Americano de Cardiologia, ao fim de trinta anos de experiências.
A equipa de investigadores começou a acompanhar mais de 2.500 participantes nos anos 80, quando estes ainda tinham idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos. As mulheres que, na altura, comiam oito a nove porções diárias de fruta e vegetais, revelaram menos 40% de probabilidade de ter aterosclerose vinte anos mais tarde, comparativamente com aquelas que comiam apenas três a quatro porções.
Os efeitos mantiveram-se mesmo depois de os investigadores considerarem outros comportamentos que podiam ter impacto na saúde cardiovascular. “Estes resultados confirmam que o desenvolvimento da aterosclerose é um processo que dura a vida inteira mas que também pode ser atrasado com uma dieta saudável na juventude”, refere Michael Miedema, líder da investigação e cardiologista no Instituto do Coração de Minneapolis, citado pela Lusa.
“É normalmente nesta idade que se estabelecem os hábitos alimentares, por isso é importante saber que as escolhas que fazemos na juventude têm impacto para o resto da vida, trazendo-nos benefícios”, acrescenta.
Os especialistas querem, agora, perceber porque motivo é que os homens não apresentam os mesmos benefícios, admitindo que o número de homens que participaram no estudo (63%) pode não ter sido suficiente para um resultado mais claro.