Uma dieta rica em fibras pode ser o segredo para uma vida mais longa. Um estudo desenvolvido por investigadores chineses, que envolveu cerca de um milhão de pessoas, revelou que quem que come mais fibras corre menor risco de morte precoce.
Uma dieta rica em fibras pode ser o segredo para uma vida mais longa. Um estudo desenvolvido por investigadores chineses, que envolveu cerca de um milhão de pessoas, revelou que quem come mais fibras corre menor risco de morte precoce.
De acordo com a investigação dos cientistas do Instituto Oncológico de Xangai, na China, cujos resultados foram publicados este mês na revista científica “American Journal of Epidemiology”, os benefícios das fibras poderão estar relacionados com o seu potencial para reduzir o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e vários tipos de cancro.
Os especialistas, coordenados por Yang Yang, analisaram dados de 17 estudos que acompanharam 982.411 homens e mulheres, maioritariamente na Europa e nos EUA, tendo sido registadas 67.000 mortes ao longo do período em que foram seguidos.
Os participantes foram divididos em cinco grupos com base na sua ingestão diária de fibras e a equipa de cientistas concluiu que aqueles que consumiam uma maior quantidade deste tipo de nutrientes tinham uma probabilidade 16% menor de morrer precocemente do que os restantes.
Além disso, segundo os dados publicados pelos investigadores, oito dos estudos analisados mostraram uma queda de 10% no risco de morte por quaisquer causas com cada 10 gramas de fibras ingeridos diariamente.
Cereais, frutas e vegetais entre os alimentos mais ricos em fibra
Numa entrevista por e-mail à Reuters Health a propósito da investigação, Victoria Burley, professora de nutrição da Universidade de Leeds, no Reino Unido, que não participou no estudo, explica que estes resultados “estão em linha com outras metanálises já publicadas acerca da relação entre as fibras dietéticas e o risco de doenças crónicas”.
Segundo Burley, os benefícios do consumo de alimentos ricos em fibra já são conhecidos há várias décadas e incluem a redução do colesterol e do açúcar no sangue, a diminuição da tensão arterial e a redução da inflamação, ajudando, também, a fazer com que as pessoas se sintam cheias e saciadas por mais tempo.
A investigadora acrescenta que é fácil consumir, como recomenda o estudo, mais 10 gramas de fibras por dia. “Basta comer, por exemplo, duas porções de cereais de pequeno-almoço e duas porções de frutas ou vegetais”, exemplifica.
Burley alerta, porém, que o risco de morte precoce mais reduzido de determinados participantes no estudo pode não ter apenas a ver com a dieta, mas com outros fatores, como um estilo de vida mais saudável em termos gerais.
Entre os alimentos ricos em fibra que podem ser acrescentados à dieta estão, essencialmente, os cereais, as frutas, os vegetais e as leguminosas. A preferência deverá ser dada aos alimentos crus, já que o facto de não serem cozinhados ajuda a preservar as fibras dietéticas e a aumentar a sua absorção pelo organismo.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).
Notícia sugerida por Maria da Luz