Saúde

Dieta mediterrânica diminui risco de doença arterial

Um estudo internacional acaba de apresentar mais um benefício da dieta mediterrânica: de acordo com os investigadores, o seguimento deste tipo de alimentação reduz a probabilidade de doença arterial periférica.
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Um estudo internacional desenvolvido em vários centros científicos que tinha já reportado a contribuição da dieta mediterrânica para a redução do risco de acidente vascular cerebral e ataque cardíaco acaba de apresentar mais um benefício deste regime alimentar: de acordo com os investigadores, o seguimento deste tipo de alimentação reduz a probabilidade de doença arterial periférica.
 
A hipótese de que a dieta mediterrânica poderia reduzir o risco desta patologia – descrita como toda a doença que afeta as artérias com exclusão da aorta, artérias cerebrais e artérias coronárias – nunca tinha sido testada num ensaio clínico aleatório, tendo agora merecido análise por parte de uma equipa da Universidade de Navarra, em Espanha. 
 
Em conjunto com os colegas daquela instituição universitária espanhola, Miguel Ruiz-Canela, coordenador do estudo, investigou a associação da dieta mediterrânica com a ocorrência sintomática de doença arterial periférica através de um ensaio realizado entre Outubro de 2003 e Dezembro de 2010. 
 
O ensaio contou com a participação de 7.477 homens com idades entre os 55 e os 80 anos e mulheres com idades entre os 60 e os 80 anos sem diagnóstico de doença arterial periférica ou qualquer outro problema cardíaco, mas com diabetes tipo 2 ou pelo menos três fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular. 
 
Os participantes foram divididos aleatoriamente em três grupos: um deles seguiu uma dieta mediterrânica enriquecida com azeite extra virgem, outro uma dieta mediterrânica enriquecida com frutos secos e o último (o grupo de controlo) recebeu somente aconselhamento para o seguimento de uma dieta baixa em gorduras. Além disso, todos os voluntários participaram num programa educacional sobre dieta. 
 
Durante os 4,8 anos após o estudo em que a equipa acompanhou os participantes foram confirmados 89 novos casos de doença arterial periférica. Ambos os tipos de dieta mediterrânica (quer enriquecida com azeite, quer com frutos secos) mostraram estar associados a um menor risco de doença arterial periférica em comparação com o grupo de controlo.
 
“Segundo sabemos, este é o primeiro ensaio clínico aleatório a sugerir uma associação entre uma intervenção a nível da dieta e uma redução do risco de doença arterial periférica. Estes resultados são consistentes com estudos observacionais anteriores e relevantes da perspetiva da saúde pública”, concluíram os autores.

Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês). 

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