Um ensaio clínico com o objetivo de testar uma vacina desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, nos EUA, para combater a diabetes tipo 1 revelou resultados iniciais promissores.
Um ensaio clínico com o objetivo de testar uma vacina desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, nos EUA, para combater a diabetes tipo 1 revelou resultados iniciais promissores. Os cientistas acreditam que a terapia poderá conseguir travar, de forma seletiva, a resposta do sistema imunitário contra o próprio organismo que desencadeia a doença.
Os investigadores, coordenados por Lawrence Steinman, tentaram uma abordagem diferente da habitual cujo propósito era suprimir apenas um pequeno conjunto de células, conhecidas por serem as grandes causadoras do ataque às células produtoras de insulina que provoca a patologia.
A equipa administrou a 80 pacientes, que já se encontravam a receber terapias de substituição das injeções de insulina, uma vacina contendo material genético modificado destinada a “desligar” a resposta do sistema imunitário, uma vez por semana durante 12 semanas.
Equipa está “entusiasmada” com os resultados
As conclusões do ensaio foram publicadas esta quarta-feira na revista científica Science Translational Medicine e, de acordo com um comunicado da Universidade, os voluntários que foram vacinados podem ter sofrido uma menor destruição ao nível das células beta do pâncreas, que produzem e segregam a insulina após as refeições, do que aqueles que a quem foi administrado um placebo.
Além disso, a equipa conseguiu fazer com que a presença no sangue de um tipo específico de células imunes responsáveis pela destruição de uma proteína encontrada nas células beta fosse eliminada sem efeitos secundários.
“Estamos muito entusiasmados com os resultados, que sugerem que o sonho dos especialistas em imunologia de 'desligar' apenas uma parte das células disfuncionais do sistema imunitário disfuncionais sem arruinar o todo pode ser possível”, afirma Steinman, professor de pediatria e ciências neurológicas.
“Esta vacina corresponde a um novo conceito. Estamos a falar de 'desligar' uma resposta imunitária específica em vez de desencadear reações no sistema imunitário como acontece com as vacinas convencionais para prevenir, por exemplo, a gripe”, acrescenta o investigador.
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