Saúde

Diabetes: Menino recebe 1.º pâncreas artificial do mundo

Um menino australiano com diabetes tipo 1 recebeu, recentemente, o "primeiro pâncreas artificial do mundo", cujo funcionamento se assemelha ao daquele órgão humano.
Versão para impressão
Um menino australiano com diabetes tipo 1 recebeu, recentemente, o “primeiro pâncreas artificial do mundo”, cujo funcionamento se assemelha ao daquele órgão humano. A intervenção para colocação do dispositivo foi realizada no Hospital Pediátrico Princess Margaret (PMH) em Perth, na Austrália.
 
Xavier Hames, de quatro anos, tornou-se, assim, o primeiro paciente do mundo a utilizar, fora de ensaios clínicos, o equipamento, que se parece com um leitor de mp3 e é “acoplado” ao corpo através de vários tubos inseridos sob a pele, explica, em comunicado, o Departamento de Saúde da Austrália Ocidental.
 
Este “pâncreas artificial” funciona como uma bomba de insulina e tem como objetivo pôr fim à necessidade de monitorizar, constantemente, o estado de saúde e de o controlar através de injeções.
 
“A tecnologia imita a função biológica do pâncreas e prevê os baixos níveis de glicose, interrompendo a administração de insulina [quando estão normalizados]”, esclarece aquele organismo, acrescentando que a solução “permite evitar consequências sérias da falta de açúcar no sangue como as convulsões, o coma e até a morte”.


O “pâncreas artificial”, cuja aparência lembra um leitor de mp3, é “acoplado” ao corpo através de vários tubos inseridos sob a pele
 

De acordo com Tim Jones, um dos médicos do hospital australiano, “o dispositivo é capaz de prever episódios de hipoglicemia e de parar a administração de insulina antes de um evento previsto”, o que é particularmente importante porque estes episódios acontecem, muitas vezes, durante a noite, tornando-se mais perigosos para os pacientes, que não se apercebem deles.
 
“O facto de, simultaneamente, a bomba ser capaz de voltar a ativar a administração da insulina de forma automática quando os níveis de glicose recuperam é um avanço médico revolucionário”, acrescenta o especialista. 
 
Naomi Hames, mãe do pequeno Xavier, assegura que o dispositivo tem melhorado em muito a vida do filho, que foi diagnosticado com diabetes tipo 1 aos 22 meses de idade. “A bomba deixa-nos mais descansados porque sabemos que o Xavier está seguro não só enquanto dormimos, mas durante o dia”, confessa.
 
Além disso, “[o pâncreas artificial] é à prova de água, o que significa que ele pode desfrutar de desportos aquáticos e de várias atividades com os amigos e a família” sem preocupações, revela a progenitora, citada pela AFP.
 
Este equipamento foi desenvolvido na sequência de cinco anos de ensaios clínicos realizados no Hospital Pediátrico Princess Margaret e em várias outras instituições hospitalares australianas e custa cerca de 8.100 dólares (aproximadamente 7.000 euros).
 
A diabetes tipo 1 carateriza-se pela produção insuficiente de insulina pelo pâncreas devido à destruição das suas células. Os pacientes necessitam de injeções diárias de insulina durante toda a vida para manterem a glicose no sangue em valores normais.

Comentários

comentários

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close