Um inalador de insulina desenvolvido pela companhia norte-americana MannKind Corp provou ser mais eficaz no controlo da diabetes do que as injeções tradicionais e a medicação oral em dois ensaios clínicos levados a cabo nos EUA.
Um inalador de insulina desenvolvido pela companhia norte-americana MannKind Corp provou ser mais eficaz no controlo da diabetes do que as injeções tradicionais e a medicação oral em dois ensaios clínicos levados a cabo nos EUA. O sucesso dos testes poderá significar uma melhoria da qualidade de vida de milhões de pacientes.
De acordo com informações avançadas pela Reuters, o inalador, denominado “Afrezza”, é um pequeno dispositivo do tamanho de um apito que liberta insulina em pó para regular os níveis de glicose no sangue de adultos com diabetes tipo 1 e 2 de forma simples e indolor.
Entre os resultados dos ensaios clínicos estão uma redução dos níveis de glicose no sangue medidos em jejum e uma menor incidência de episódios de hipoglicemia, um efeito secundário da administração de insulina que se carateriza níveis de glicose demasiado baixos e, consequentemente, perigosos.
O primeiro ensaio clínico comparou o “Afrezza” com um dispositivo para injeções de insulina, o NovoLog, e demonstrou que a eficácia do novo inalador era idêntica à do mesmo.
Já os restantes testes mostraram que o produto da MannKind era mais eficiente a reduzir os níveis de A1C (um dos elementos tidos em conta no controlo da glicose) do que os fármacos orais, escreve ainda a agência Reuters.
A companhia que desenvolveu o inalador espera enviar os dados dos ensaios clínicos para a FDA – U.S. Food and Drug Administration (órgão norte-americano responsável pelo controlo dos alimentos, dos medicamentos e similares) até ao final do ano, depois de, em 2011, a mesma ter rejeitado o produto, exigindo a realização prévia dos testes agora concluídos.
Recorde-se que esta não é a primeira vez que uma empresa tenta colocar um inalador de insulina no mercado. Em 2007, a Pfizer retirou de circulação o inalador “Exubera”, cujo conceito era semelhante mas cujas vendas ficaram abaixo do esperado devido às grandes dimensões do dispositivo e ao preço proibitivo.
Além do “Afrezza”, a MannKind está a trabalhar noutra terapia experimental para a diabetes, denominada MKC253, e está ainda a desenvolver dois potenciais tratamentos contra o cancro.
Notícia sugerida por David Ferreira