Uma equipa de investigadores norte-americanos e israelitas descobriu um novo tipo de tratamento à diabetes tipo 1, capaz de permitir que os pacientes só tenham de injetar insulina de dois em dois anos.
Uma equipa de investigadores norte-americanos e israelitas descobriu um novo tipo de tratamento à diabetes tipo 1, capaz de permitir que os pacientes só tenham de injetar insulina de dois em dois anos.
O estudo foi levado a cabo por especialistas da Universidade do Colorado, em Denver, nos EUA, e da Universidade de Ben Gurion, no Negrev, em Israel. Agora publicado no 'Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism', o mesmo dá a conhecer um novo tipo de tratamento que, no futuro, poderá vir a ser aplicado em pacientes com diabetes tipo 1.
Atualmente a doença afeta já milhões de pessoas em todo o mundo e exige um controlo rigoroso dos níveis de insulina, devido à destruição das células responsáveis pela produção desta hormona, no pâncreas.
Por isso mesmo, a diabetes tipo 1 implica injeções regulares e sistemáticas de insulina no sangue, por forma a que o organismo consiga transformar os açúcares ingeridos em energia.No entanto, segundo as conclusões desta nova investigação, levada a cabo durante mais de dois anos, é possível controlar a diabetes com uma única injeção de insulina a cada dois anos.
Para isso, os especialistas estudaram em detalhe os danos provocados ao nível das 'ilhotas de Langerhans', responsáveis pela produção de insulina no pâncreas. O objetivo passava por reduzir a sua inflamação, por forma a que estas conseguissem continuar a produzir insulina. O feito foi conseguido com a administração da proteína anti-inflamatória 'alfa-1-antitripsina' (AAT), presente em substâncias como o soro, por via intravenosa.
“Depois do tratamento, que durou entre oito a doze semanas na maioria dos pacientes, os níveis de glicose puderam ser controlados, sem que houvesse necessidade de injeção de insulina num período de mais de dois anos”, conta Eli Lewis, diretor do Laboratório Clínico da Universidade de Ben Gurion Clínico e professor de bioquímica clínica, farmacologia e imunologia da Faculdade de Ciências da Saúde daquela instituição.
O responsável garante ainda que o tratamento não revelou qualquer tipo de contra indicações nos pacientes avaliados, incluindo os mais jovens. As estimativas são de que sejam precisos dois anos até a proteína ATT passar a estar incluída nas terapêuticas normais da diabetes tipo 1.
Até lá são precisos três novos ensaios clínicos nos EUA para conseguir a aprovação da FDA (Food and Drug Administration), autoridade reguladora de todos os fármacos naquele país.
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Notícia sugerida por António Resende
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