Praticar desportos de equipa em contexto escolar reduz os riscos de stress e de depressão entre os adolescentes, melhorando a sua saúde mental durante a idade adulta.
Praticar desportos de equipa em contexto escolar reduz os riscos de stress e de depressão entre os adolescentes, melhorando a sua saúde mental durante a idade adulta. A conclusão é de um estudo canadiano dado a conhecer este mês e que chama a atenção para a importância do desporto e da atividade física na escola.
Baseando-se em dados que apontavam para o facto de 23% a 40% dos jovens relatarem sentimentos de depressão e ansiedade, os investigadores da Universidade de Toronto, no Canadá, decidiram inquirir cerca de 850 estudantes do 8.º ao 12.º ano de 10 escolas distintas para perceber se o desporto escolar podia ou não ter um efeito protetor contra estas tendências.
“As associações que encontrámos mostram um impacto [do desporto escolar] a longo prazo. Praticar desporto na escola entre os 12 e os 17 anos protege os jovens de uma saúde mental pobre quatro anos mais tarde”, afirma Catherine M. Sabiston, coordenadora da investigação, em comunicado.
Os cientistas questionaram os alunos acerca das suas participações em desportos como basquetebol, futebol, caminhadas, atletismo, 'wrestling' e ginástica em contexto escolar três anos depois da conclusão do ensino secundário, perguntando-lhes com que frequência se sentiam deprimidos ou stressados e como avaliavam a sua saúde mental numa escala de 1 (péssima) a 5 (excelente).
Os resultados mostraram que aqueles que se tinham envolvido no desporto escolar sentiam ter uma melhor saúde mental do que os que não praticavam qualquer atividade física, surgindo a prática desportiva ligada a menores sintomas de depressão e menor stress.
“É muito pouco o que sabemos sobre o desporto escolar, pelo que podemos apenas especular acerca dos seus efeitos únicos, mas suspeitamos que tal possa estar relacionado com o facto de o mesmo proporcionar aos adolescentes a oportunidade de se relacionarem com outros estudantes, de interagirem com colegas e professores, de se sentirem ligados à escola”, explica Sabiston.
Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo publicado na revista científica Journal of Adolescent Health (em inglês).