Um teste simples envolvendo desenhos e números poderá ajudar a prever o risco de morte depois de um primeiro acidente vascular cerebral (AVC) em homens idosos. O teste poderá melhorar a informação dada aos pacientes e às suas famílias.
Um teste simples envolvendo desenhos e números poderá ajudar a prever o risco de morte depois de um primeiro acidente vascular cerebral (AVC) em homens idosos. A conclusão é de um estudo publicado recentemente no jornal especializado BMJ Open.
O teste, que deve ser realizado pelos indivíduos num momento em que o seu estado de saúde se encontre estável, consiste em desenhar linhas unindo números colocados por ordem crescente o mais rapidamente possível.
Os especialistas consideram que a utilidade da experiência é permitir aos médicos tomarem consciência de danos escondidos nos vasos sanguíneos do cérebro que são impossíveis de detetar quando não há quaisquer sinais ou sintomas.
O estudo da Universidade de Uppsala, na Suécia, envolveu 1.000 homens com idades compreendidas entre os 67 e os 75 e durou mais de 14 anos. Dos 155 voluntários que sofreram um AVC, 22 morreram no espaço de um mês e mais de metade faleceram nos dois anos e meio seguintes.
Os resultados dos testes mostraram que os homens que obtiveram as piores pontuações tinham três vezes mais probabilidade de morrer depois de um primeiro AVC do que aqueles que conseguiram mais pontos.
“Como são testes simples, baratos e acessíveis para uso clínico, podem vir a ser uma ferramenta valiosa – a par dos métodos tradicionais como a medição da pressão arterial – para identificar o risco de AVC e prever o nível de mortalidade após o acidente”, explicou Benice Wiberg, coordenadora do estudo, citada pela BBC.
Bernice Wiberg acrescentou ainda que o teste poderá melhorar a informação dada aos pacientes e às suas famílias.
“Este é um estudo pequeno e as causas das dificuldades no teste do desenho não são conhecidas. Embora seja necessária uma pesquisa mais aprofundada, acreditamos que o método tem potencial para identificar quem está em risco de um AVC fatal antes de este acontecer, dando às pessoas a oportunidade de fazer tratamentos preventivos”, concluiu.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]