Ciência

Descobertos os mais antigos embriões de dinossauro

Foram encontrados, no Uruguai e no Brasil, os mais antigos embriões de que há memória, datados de há 280 milhões de anos. Os fetos pertencem a um réptil aquático do grupo dos mesossauros.
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Foram encontrados, no Uruguai e no Brasil, os mais antigos embriões de que há memória, datados de há 280 milhões de anos. Os fetos pertencem a um réptil aquático do grupo dos mesossauros e estão a revolucionar as conceções que os cientistas tinham sobre os hábitos de vida da espécie.

Os resultados da investigação foram publicados na revista Historical Biology, num artigo da autoria de uma equipa internacional da qual fazem parte investigadores da Faculdade de Ciências do Uruguai, da Fundação Zoobotânica de Rio Grande do Sul, do Brasil, e do Centro Nacional de Pesquisa, de França.

Um dos fósseis, encontrado no Brasil, estaria ainda em gestação dentro do corpo da sua mãe. Este embrião, particularmente bem conservado, sugere que os mesossauros eram vivíparos – um modo de reprodução que se julgava ter surgido 60 milhões de anos mais tarde.

Também no Uruguai os investigadores encontraram 26 vestígios de mesossauros adultos, todos próximos de fósseis de embriões ou de jovens adultos, datados da mesma época que o fóssil brasileiro.

Parte destes exemplares parecem tratar-se de embriões que estariam dentro do útero, suportando a tese de que os dinossauros seriam vivíparos – seres cujos embriões se desenvolvem no interior do corpo materno, como os mamíferos.

A proximidade entre dinossauros adultos e jovens adultos pode também significar que os cuidados parentais faziam parte dos hábitos da espécie.

No entanto, foi também em solo uruguaio que os paleontólogos descobriram um ovo isolado de messosauro, pelo que é apontada a hipótese de os animais colocarem ovos num estado muito avançado do desenvolvimento da cria.

Uma das coautoras do artigo, Graciela Piñeiro, disse ao USA Today ter recebido “um grande choque” quando se apercebeu de que aquilo que recolheu no Uruguai foi, na verdade, “um mesossauro muito pequeno, enrolado”, o mais pequeno que alguma vez tinha visto. Mostrou-se ainda surpreendida: “estava preservado de uma forma rara”.

Pode consultar o artigo publicado, na íntegra, AQUI.

[Notícia sugerida por Raquel Baêta]

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