A pirâmide encontrada por arqueólogos a sul do México acolhe quatro túmulos que, ao que tudo indica, correspondem a um enterro múltiplo realizado há 2,7 mil anos. Um dos esqueletos jaz naquele que se acredita ser o túmulo mais antigo da região da mes
[Foto: Bruce R. Bachand]A pirâmide encontrada por arqueólogos a sul do México acolhe quatro túmulos que, ao que tudo indica, correspondem a um enterro múltiplo realizado há 2,7 mil anos. Um dos esqueletos jaz naquele que se acredita ser o túmulo mais antigo da região da mesoamérica, que se estende desde o sul México até à Costa Rica.
Segundo os cientistas, dois dos esqueletos encontravam-se rodeados de pedras de jade e âmbar, além de outros objetos valiosos para a época, o que pode indicar o enterro de um importante líder ou clérigo de Chiapa de Corzo, a zona arqueológica onde as descobertas foram feitas.
Os arqueólogos do Instituto Nacional de Antropologia e História, da Universidade Nacional Autónoma do México e da Universidade Brigham Young, dos EUA, referem que estes dados sugerem que o uso de pirâmides como recintos funerários pode ser mais antigo do que se julgava, podendo mesmo ser anterior à cultura Maia, avança a BBC Brasil.
Na pirâmide foram ainda encontrados os corpos de um bebé e de um jovem. Os investigadores dizem que a posição dos ossos sugere que o bebé foi colocado cuidadosamente na tumba, enquanto o jovem foi possivelmente jogado na câmara funerária.
No anexo à câmara principal, foi descoberta outra sala pequena contendo o esqueleto de uma mulher, também com muitos adornos de âmbar e pingentes representando pássaros e um macaco.
O número e a variedade das oferendas sugerem que as pessoas que viviam nesta região naquela época realizavam trocas com lugares tão distantes quanto a costa do Golfo do México e o Vale Motagua, na Guatemala, região rica em jade.
Além disso, o grupo de arqueólogos conclui ainda que a região de Chiapas, no sul do México, poderia já ser habitada desde o ano de 1200 A.C.