O Australopithecus Sediba foi descoberto em 2008 mas uma nova compilação de trabalhos fornece evidências de que esta criatura, que habitava o planeta há 1,9 milhão de anos, terá sido o mais antigo ancestral humano.
Os vestígios foram analisados por uma equipa de mais de 80 cientistas liderados por Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, onde foram encontrados fósseis bem preservados da espécie.
Berger, um cidadão americano professor da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, e o seu filho de nove anos descobriram o fóssil em Malapa, a norte de Johannesburgo, em 2008. Neste sítio foram encontrados mais de 220 ossos de pelo menos cinco pessoas, entre as quais crianças, jovens e adultos.
Segundo a AFP, os ossos da mão analisados pertenciam a uma mulher adulta, que tinha entre 20 e 30 anos quando morreu. Os seus restos foram encontrados perto dos de um menino, cujos ossos fossilizados também foram incluídos no estudo.
Postura ereta e cérebro avançado
Outras partes do corpo incluídas no estudo foram o pequeno mas avançado cérebro do 'Australopithecus sediba', a pélvis, que reflete uma postura ereta, e um conjunto único de pé e tornozelo que “combina características dos macacos e dos seres humanos em um único pacote anatómico”, disse o autor principal do estudo, Lee Berger, citado pela AFP.
Os cientistas confirmaram que o cérebro da criatura já estava a passar por uma reorganização estrutural que o tornava mais parecido com o humano. Além disso, os seus dedos, com polegar comprido, permitiam manipular objetos com precisão, o que favoreceria a criação de instrumentos de pedra.
Este novo estudo suscita muitas dúvidas sobre a evolução da espécie humana mas a longa lista de características que o 'Australopithecus sediba' compartilha com outras espécies de Homo sugere que é um bom ancestral da primeira espécie que todos reconhecem no género Homo: o Homo erectus.
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