Uma equipa internacional de astrónomos amadores e profissionais acaba de anunciar a descoberta de um planeta cujos céus são iluminados por quatro sóis diferentes.
Uma equipa internacional de astrónomos amadores e profissionais acaba de anunciar a descoberta de um planeta cujos céus são iluminados por quatro sóis diferentes. O PH1, como foi batizado, está a cerca de 5.000 anos-luz da Terra e é o primeiro caso conhecido em que este fenómeno se verifica.
De acordo com os cientistas, o PH1 – que recebeu este nome em honra do programa “Planet Hunters”, uma iniciativa da Universidade de Yale, nos EUA, que recruta voluntários amadores para procurar por novos planetas – orbita dois sóis e, ao mesmo tempo, há um outro par de estrelas que o orbita.
“Os planetas circumbinários [que orbitam duas estrelas em vez de uma] são casos extremos de formação planetária”, explica Meg Schwamb, da Universidade de Yale, que assina um artigo apresentado esta segunda-feira no encontro anual de Ciências Planetárias da American Astronomical Society.
“A descoberta destes sistemas vai obrigar-nos a voltar atrás e tentar compreender como estes planetas funcionam em conjunto e de que forma evoluem num ambiente tão desafiante e dinâmico”, afirma a investigadora em comunicado.
O PH1 é um gigante gasoso é seis vezes maior do que a Terra (com dimensões ligeiramente superiores às de Neptuno), dizem os astrónomos, e a sua órbita em torno do par de estrelas que o ilumina dura cerca de 137 dias. Quanto às duas estrelas que o orbitam, estão a uma distância que é, aproximadamente, 1.000 vezes a distância existente entre a Terra e o Sol, acrescentam.
As conclusões sobre a descoberta do PH1 foram, entretanto, submetidas para publicação na revista científica Astrophysical Journal. A investigação foi apoiada pela NASA, pela National Science Foundation Astronomy e pelo Astrophysics Postdoctoral Fellowship.
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[Notícia sugerida por Raquel Baêta e Maria Manuela Mendes]