Apesar de ser comum encontrar no espaço átomos individuais de oxigénio, esta é a primeira vez que se encontram moléculas deste elemento, isto é dois átomos de oxigénio juntos.
Os investigadores usaram um aparelho que através de infravermelhos permitiu descobrir que por cada milhão de moléculas de hidrogénio há uma molécula de oxigénio.
Apesar de os investigadores acreditarem que esta forma molecular deve ser abundante no espaço não conseguiram detetar grandes quantidades deste elemento.
Os cientistas acreditam que o oxigénio possa estar preso no gelo que cobre os minúsculos grãos de poeira existentes na nebulosa. Se assim for, nas zonas mais quentes do cosmos estes grãos gelados deverão transformar-se em gás, libertando as moléculas de oxigénio.
Os cientistas vão agora continuar a procurar moléculas de oxigénio noutras regiões de formação de estrelas, pois dizem ainda não ser possível entender o que há de diferente nesses locais onde puderam encontrar a molécula.
Esta descoberta de que há de facto oxigénio sobre a forma molecular no espaço marca um ponto de viragem na exploração espacial mas, segundo Paul Goldsmith, um dos astrónomos envolvidos nesta investigação, “o Universo ainda guarda muitos segredos”.
[Notícia sugerida por Ana Guerreiro Pereira, Vítor Fernandes e Raquel Baêta]