Um grupo de cientistas norte-americanos acaba de anunciar a descoberta daquele que se acredita ser o maior animal terrestre que já existiu. Trata-se de um dinossauro com 26 metros de comprimento e cerca de 65 toneladas de peso.
Um grupo de cientistas norte-americanos acaba de anunciar a descoberta daquele que se acredita ser o maior animal terrestre que já existiu. Trata-se de um dinossauro batizado “Dreadnoughtus schrani” com 26 metros de comprimento e cerca de 65 toneladas de peso, o equivalente a uma dúzia de elefantes africanos, sete Tyrannosaurus Rex ou um Boeing 737.
O esqueleto do animal pré-histórico, “excecionalmente completo, com mais de 70% dos ossos, exceptuando os da cabeça”, foi descoberto por uma equipa da Universidade de Drexel, em Filadélfia, EUA, durante a realização de escavações no sul da Patagónia, na Argentina.
Com base nos vestígios fósseis encontrados, os paleontólogos, coordenados por Kenneth Lacovara, acreditam que o “Dreadnoughtus” oferece à Ciência uma janela aberta sem precedentes para o estudo da anatomia e da biomecânica daqueles que foram os maiores seres vivos a habitar a Terra.
“[Esta espécie] pesava o mesmo que uma dúzia de elefantes africanos e mais de sete T.Rex e, para nossa surpresa, as evidências fósseis provam que quando estes dinossauros desapareceram ainda não se tinham desenvolvido completamente. Trata-se, de longe, do melhor exemplo que temos de qualquer uma das criaturas gigantes que passaram pelo planeta”, afirma Lacovara em comunicado.
Kenneth Lacovara, principal investigador envolvido na descoberta, junto do esqueleto encontrado na Patagónia. © Universidade de Drexel
A espécie, do grupo dos titanossauros quadrúpedes, foi apresentada e descrita em detalhe num artigo publicado esta quinta-feira na revista científica “Scientific Reports” do grupo Nature depois de quatro anos com vista a desenterrar a totalidade do esqueleto do dinossauro, um trabalho que exigiu diversas missões de campo realizadas entre 2005 e 2009.
O nome escolhido para batizar estes animais herbívoros, “Dreadnoughtus”, significa “sem medo de nada”. “Com um corpo do tamanho de uma casa, o peso de uma série de elefantes e uma cauda que mais lembrava uma arma, estes dinossauros não terão tido nada a temer”, justifica o principal autor do estudo.
“Acho que é altura de darmos crédito aos herbívoros por serem as criaturas mais duras do seu ambiente”, defende Lacovara, acrescentando que, para crescer tanto, a espécie teria de ingerir quantidades enormes de plantas.
“[Terá sido quase] uma vida de obsessão com a comida”, brinca o paleontólogo como forma de caraterizar a potencial existência destes animais que viveram há cerca de 77 milhões de anos nas florestas temperadas da América do Sul.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).
Notícia sugerida por Elsa Martins
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