Arqueólogos britânicos descobriram, na Escócia, aquilo que acreditam ser o calendário mais antigo do mundo, que deverá ter sido criado por caçadores-recoletores, cerca de oito mil anos antes de Cristo.
Arqueólogos britânicos descobriram, na Escócia, aquilo que acreditam ser o calendário mais antigo do mundo, que deverá ter sido criado por caçadores-recoletores, cerca de oito mil anos antes de Cristo.
Numas escavações realizadas em Aberdeenshire, um grupo de arqueólogos do National Trust for Scotland descobriu 12 poços construídos num terreno que, de acordo com os investigadores da Universidade de Birmingham, aparenta representar as fases da lua.
Se até agora se pensava que os mais antigos calendários do mundo tinham sido criados na Mesopotâmia, há cinco mil anos atrás, esta descoberta leva a crer que, há cerca de dez mil anos, as comunidades de caçadores criaram estes poços para fazer a contagem dos meses lunares ao longo do ano.
Como explicou o Dr. Christopher Gaffney, da Universidade de Bradford, “estas comunidades viviam, sobretudo, da caça de animais migratórios”, pelo que era fundamental saberem “quais os recursos disponíveis que tinham disponíveis em cada altura do ano” para se prepararem para a captura.
De acordo com o comunicado da Universidade de Birmingham, esta descoberta demonstra que, mesmo há dez mil anos atrás, esta era uma comunidade sofisticada, capaz de contar a passagem do tempo e de corrigir o desvio sazonal do ano lunar.
De acordo com o líder do projeto, Vince Gaffney, professor de arquitetura paisagística na Universidade de Birmingham, estas provas “representam um passo importante para a construção formal do tempo e da História”.
Até porque, como adianta o comunicado, a capacidade de medir o tempo está entre as mais importantes realizações humanas e a questão de quando o tempo foi “criado” pela humanidade é fundamental para compreender como é que a sociedade se desenvolveu.
Pode consultar mais informações AQUI