Uma equipa internacional de astrónomos anunciou, esta quinta-feira, a descoberta de um quarto planeta potencialmente habitável fora do nosso sistema solar.
Uma equipa internacional de astrónomos anunciou, esta quinta-feira, a descoberta de um quarto planeta potencialmente habitável fora do nosso sistema solar. O corpo celeste localiza-se a cerca de 22 anos-luz da Terra e tem temperaturas que podem permitir a existência de água e vida.
As conclusões resultaram de uma análise feita pelos especialistas a dados fornecidos pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) acerca de uma estrela conhecida por GJ 667C. A análise revelou que existem, pelo menos, três planetas a orbitar esta estrela.
Um destes planetas parece estar a uma distância que faz com que, possivelmente, absorva tanta luz e energia como a Terra, tendo temperaturas semelhantes à superfície e mesmo água.
“Este planeta é o melhor candidato a possuir água em estado líquido e, possivelmente, vida tal como nós a conhecemos”, admitiu Guillem Anglada-Escudé, que coordenou a pesquisa em conjunto com a Carnegie Institution for Science, citado pela AFP.
O recém-descoberto planeta rochoso, batizado GJ 667Cc, demora cerca de 28 dias a percorrer a trajetória ao redor da sua estrela, o que significa que um ano corresponde a cerca de um mês terrestre.
O achado surpreendeu os cientistas, uma vez que a estrela tem muito menos abundância que o nosso Sol em elementos pesados como o hélio, o metal, o carbono e o silício, as bases dos planetas telúricos.
“Esperávamos que não houvesse grande probabilidade de esta estrela ter planetas na sua órbita. No entanto, lá estão eles, em redor de um dos mais comuns tipos de estrela na nossa galáxia”, comentou Steven Vogt, professor de astronomia e um dos autores do estudo publicado nas Astrophysical Journal Letters.
A teoria relativa à existência de água líquida terá ainda de ser confirmada com uma pesquisa mais aprofundada sobre a atmosfera do planeta.
Os astrónomos descobriram também que outros planetas a orbitar a mesma estrela poderão incluir um gigante gasoso e outra “Super Terra” com uma órbita de 75 dias, informações que necessitarão igualmente de confirmação.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]