No Mosteiro de Alcobaça, foi descoberto um "teto único" na Sala das Conclusões durante as obras de conservação e restauro que ali estão a ser feitas. Apesar de não apresentar assinatura, o mesmo já foi identificado como um fresco do final do século X
No Mosteiro de Alcobaça, foi descoberto um “teto único” na Sala das Conclusões durante as obras de conservação e restauro que ali estão a ser feitas. Apesar de não apresentar assinatura, o mesmo já foi identificado como um fresco do final do século XVII.
A descoberta foi feita naquela que era uma das “principais salas de reunião dos monges e que chegou a ser, também, a Sala dos Reis”. Citado pela Lusa, Jorge Pereira de Sampaio, diretor do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, diz tratar-se de um teto “extremamente bonito, absolutamente extraordinário, como não existia nenhum no mosteiro”.
No final das obras, o fresco, até agora “coberto por uma camada de cal”, irá ficar “à vista do público”. Embora não apresente qualquer assinatura, a pintura já foi “identificada pelo professor Jorge Serrão como sendo da autoria de um artista do final do século XVII”.
A mesma vai permitir a “reintegração de alguns azulejos em falta” naquela sala. Até há bem pouco tempo, a mesma era usada como repartição de finanças mas, agora, o seu próximo destino ainda está para ser equacionado. O responsável apenas avança com as hipóteses de a mesma abrir ao público, “em breve, musealizada, ou como sala de conferências, ou ainda como loja do próprio edifício”.
O anúncio da descoberta foi feito no âmbito de uma visita realizada esta quinta-feira ao mosteiro pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. O governante visitou as obras de restauro que estão a decorrer em várias alas do mosteiro e que representam um investimento de 800 mil euros.
Notícia sugerida por Maria Pandina