Constituída por Frederico Batista e Ana Grade, da Estação Experimental de Moluscicultura de Tavira do IPIMAR), e com a colaboração de Deborah Power, do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), a equipa de investigadores encontrou as pérolas em ostras do género Crassostrea.
Entre as 756 ostras apanhadas em diferentes locais no Algarve (desde a Ria de Alvor à Ria Formosa e Rio Guadiana) que constituíram a amostra deste estudo, duas continham pérolas.
Segundo o grupo, num só indivíduo foram encontradas quatro pérolas com um diâmetro inferior a 2 mm e noutro uma única pérola com a dimensão razoável de cerca de 5 mm de diâmetro e 190 mg de peso.
Este fenómeno é frequente noutras espécies de bivalves (ostras perlíferas da família Pteriidae), nas quais as pérolas podem atingir um elevado valor comercial.
As pérolas são produzidas por moluscos bivalves, tratando-se de uma reação defensiva do hospedeiro a corpos estranhos, tais como parasitas ou partículas inertes. O corpo estranho é coberto por várias camadas, sendo estas constituídas essencialmente por carbonato de cálcio sob a forma de cristais de aragonite.
Na sequência desta descoberta, a equipa de investigadores vai agora realizar alguns estudos complementares para compreender melhor o fenómeno e perceber quais os fatores que levaram ao aparecimento das pérolas.