Uma equipa do museu Andy Warhol, ajudada por informáticos de uma universidade local, descobre antigas disquetes com 28 obras inéditas realizadas pelo artista há quase 30 anos.
Uma equipa do museu Andy Warhol, nos EUA, com ajuda de informáticos de uma universidade local, descobriu antigas disquetes com 28 obras inéditas realizadas pelo artista há quase 30 anos.
As obras de arte digital, realizadas pelo ícone da Pop Art num 'Commodore Amiga 1000' – computador lançado em 1985 -, foram recuperadas de antigas disquetes que estavam no museu que conserva o seu espólio, em Pittsburgo, na Pensilvânia (EUA).
A pesquisa começou quando o nova-iorquino Cory Arcangel – artista pós-conceptual conhecido pela sua utilização inovadora dos meios digitais – encontrou no YouTube imagens de Warhol a desenhar no computador um retrato da cantora e atriz Debbie Harry, vocalista dos Blondie.
Tratava-se de uma campanha de promoção ao computador 'Amiga 1000', na qual o fabricante aproveitou o fascínio do pintor para representar a Pop Art através das novas tecnologias, que estavam a surgir nessa mesma altura.
Cory Arcangel quis saber se havia mais retratos para além do de Debbie Harris. Nesse sentido, entrou em contato com o Museu Andy Warhol, em 2011, onde ninguém dizia ter conhecimento de nenhum tipo obras digitais realizadas pelo artista.
Foi precisa alguma investigação, coordenada pela equipa do museu, em parceria com informáticos do Carnegie Mellon University's Computer Club, para descobrir as disquetes rotuladas como “inacessíveis”. As mesmas guardavam obras digitais realizadas pelo autor naquela altura. O processo de recuperação do conteúdo das disquetes durou três anos e só agora foi divulgado.
Entre as mesmas está um auto-retrato, uma versão da famosa lata da Campbells e uma Vénus de Botticelli alterada. Em termos temáticos, as imagens descobertas não trazem muito de novo à obra de Warhol, mostrando, sim, um momento de evolução do artista ao tentar adaptar a sua arte a um novo meio.
