Segundo o artigo, encontrar as rãs não foi uma tarefa fácil, tendo em conta que, além de minúsculas, as duas espécies de rãs encontradas vivem em folhas caídas no chão da floresta e emitem sons semelhantes aos dos insetos.
“As florestas da Nova Guiné são incrivelmente barulhentas à noite. Tentámos gravar os chamamentos das rãs na floresta e ficámos curiosos sobre o que seriam os outros sons”, refere Chris Austin, líder do estudo e professor na Universidade Estatal do Louisiana, nos EUA.
“Detetámos o local de onde estes sons vinham e olhámos por baixo das folhas caídas no chão. Era de noite e elas são incrivelmente pequenas pelo que, após várias tentativas frustradas, agarrámos numa mão cheia de folhas e colocámo-las dentro de um saco de plástico. Foi então que vimos estas incríveis pequenas rãs aos pulos”, conta.
O género Paedophryne foi identificado recentemente e inclui pequenas espécies descobertas em vários pontos das florestas orientais da Papua Nova Guiné.
Segundo Austin, estes anfíbios “alimentam-se de insetos minúsculos, bastante mais pequenos do que as rãs normalmente se alimentam. E, possivelmente serão presas para um grande número de pequenos invertebrados predadores que, normalmente, não se alimentam de rãs.”
Outros locais do mundo onde exista uma grande concentração de folhas húmidas no solo tendem, igualmente, a abrigar estas pequenas espécies de rãs. Para os exploradores esta rã poderá ser também o vertebrado mais pequeno do mundo.
Leia AQUI o artigo publicado no PLoS One Journal.
[Notícia sugerida por Ana Guerreiro Pereira] [Notícia corrigida a 13/01/2012 às 17h30]