Cultura

Descoberta pré-histórica feita em Proença-a-Nova

As escavações de uma equipa de arqueólogos deixou a descoberto, nas Moitas, uma freguesia de Proença-a-Nova, um monumento pré-histórico - a Anta do Cão do Ribeiro - que terá cerca de quatro mil anos.
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As escavações de uma equipa de arqueólogos deixou a descoberto, nas Moitas, uma freguesia de Proença-a-Nova, um monumento pré-histórico – a Anta do Cão do Ribeiro – que terá cerca de quatro mil anos. O achado foi anunciado esta sexta-feira pela autarquia, que espera, com as novas informações, desvendar pormenores sobre a economia, a alimentação ou as crenças de quem vivia na época. 
 
De acordo com o município, o campo arqueológico na Anta do Cão do Ribeiro, resultante de uma parceria entre a Associação de Estudos do Alto Tejo (AEAT) e a Câmara de Proença-a-Nova, o monumento “é formado pela câmara dolménica, o corredor, o átrio de acesso e todo o aterro construído para cobrir a cripta, com uma massa que parece argila”, massa que será “analisada pelo laboratório Hércules, na Universidade de Évora”. 
 
A anta tem uma forma “semelhante a um útero, virada para nascente”, originando “teorias de que, por trás das sepulturas megalíticas, estaria a crença no renascimento”, sublinha o comunicado da autarquia.
 
A equipa de especialistas encontrou também diversos objetos, como uma alabarda, uma arma antiga de cabo longo, e um pedaço de amuleto em xisto riscado, bem como uma grande quantidade de setas e lâminas. 
 
“Encontrámos também pedaços de cerâmica e hoje já são possíveis análises para perceber se há vestígios de gordura”, que poderão indiciar um eventual uso na alimentação, explicou João Caninas, da AEAT. 
 
Os próximos passos do trabalho dos arqueólogos será a análise das peças, todas elas feitas de pedra ou barro cozido, dos seus desenhos e dos vários cortes feitos durante a escavação. O município pretende ainda reconstruir o que falta na anta e criar um circuito para a tornar percetível, retomando-se depois o percurso pedestre em que está integrada.  
 
A equipa responsável pelas escavações contou com sete arqueólogos, incluindo voluntários e uma estagiária do mestrado de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. No campo estiveram também técnicos da Universidade de Évora e da Direção Regional da Cultura do Centro.

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