Um grupo internacional de astrónomos descobriu aquela que se acredita ser a mais velha estrela já conhecida e que é quase tão antiga como o próprio Universo.
Um grupo internacional de astrónomos descobriu aquela que se acredita ser a mais velha estrela já conhecida e que é quase tão antiga como o próprio Universo. Formada pouco tempo após o Big Bang, a estrela HD140282 tem, no mínimo, 13,2 mil milhões de anos, estimam os especialistas.
“Acreditamos que esta é a estrela mais velha que conhecemos no Universo com uma idade bem determinada”, afirmou o astrónomo Howard Bond, da Pennsylvania State University, nos EUA, que anunciou a descoberta a semana passada durante a conferência da American Astronomical Society, na Califórnia.
De acordo com a revista científica Nature, esta estrela encontra-se a uma distância relativamente curta do nosso Sistema Solar – a apenas 190 anos-luz – e foi estudada pelos astrónomos durante mais de um século.
Através dos longos estudos levados a cabo, os especialistas puderam concluir que o objeto é composto, quase totalmente, por hidrogénio e hélio, um sinal de que foi formada numa fase muito precoce do Universo, antes de as gerações sucessivas de estrelas terem criado elementos mais pesados. Porém, até agora, ninguém sabia qual era, exatamente, a sua idade.
Para a determinar, explicou Bond, a equipa seguiu vários passos, tentando precisar, de forma mais clara, a distância a que a estrela se encontra do Sistema Solar com base em 11 conjuntos de observações registadas entre 2003 e 2011 com os sensores especiais do Telescópio Espacial Hubble.
Além disso, os investigadores mediram também o brilho que a estrela tem quando é observada no céu, podendo, então, calcular a sua luminosidade intrínseca.
Segundo as estimativas de Bond e dos colegas, a HD 140283 terá, então, 13,9 mil milhões de anos (com uma margem de erro de 700 milhões de anos, pelo que, no mínimo, terá 13,2 mil milhões de anos de existência) – uma idade próxima da do Universo com os seus 13,7 mil milhões.
Clique AQUI para aceder ao artigo publicado na Nature acerca desta descoberta (em inglês).
[Notícia sugerida por Elsa Martins]