À nascença todos recebemos uma cópia de cada cromossoma materno e paterno. No entanto, em alguns casos, partes dos cromossomas passam por duplicações ou são apagadas.
Philippe Froguel, professor da Escola de Saúde Pública do Imperial College explicou que “em muitos casos, as cópias e apagamentos não produzem qualquer efeito, mas ocasionalmente podem gerar doenças”.
Na análise levada a cabo pela equipa de investigadores detetou-se que, metade das crianças que possuem a duplicação deste cromossoma sofre de uma falha de desenvolvimento que as impede de ganhar peso numa taxa normal, à medida que crescem.
Mas existem casos mais graves. Um quarto das pessoas que registam a duplicação do cromossoma 16 sofre de microcefalia, uma patologia em que a cabeça e o cérebro têm um tamanho anormalmente pequeno. As pessoas com este problema possuem uma esperança média de vida mais curta.
Pesquisas podem trazer soluções para outros distúrbios alimentares
Os cientistas afirmaram que em cada duas mil pessoas, uma tem parte do cromossoma duplicado. Os homens têm 23 vezes mais probabilidades de estar abaixo do peso, e as mulheres apenas 5 vezes.
“Se conseguirmos compreender porque é que a duplicação nesta região causa magreza, isso pode revelar novos potenciais tratamentos para a obesidade e distúrbios alimentares”, explica Philippe Froguel no site da Imperial College School.
Até agora os estudos existentes sobre o cromossoma 16 revelavam que duplicações nesta região estavam associadas a patologias como a esquizofrenia e o autismo.
No ano passado, os mesmos investigadores tinham também descoberto que as pessoas que não possuem parte destes genes têm mais 43 de probabilidade de sofrer de obesidade, do que as outras.
[Notícia sugerida por Vítor Caixeiro]