Esta será a segunda participação consecutiva da música de raiz portuguesa no “Arts Alive”, depois de, na edição de 2010, Kátia Guerreiro ter cantado o fado perante uma vasta audiência de sul-africanos e luso-descendentes numa das mais emblemáticas salas de espetáculos da “cidade do ouro”, como é vulgarmente conhecida Joanesburgo.
O espetáculo dos Deolinda no “Arts Alive”, que terá lugar a 14 de setembro no Joburg Theatre (antigo Civic Theatre), no bairro de Braamfontein, deve-se à estreita colaboração entre os organizadores do festival – que se estende por cerca de um mês com espetáculos em várias salas da cidade – e o consulado-geral de Portugal em Joanesburgo.
Além do patrocínio do Instituto Camões, o cônsul-geral de Portugal em Joanesburgo, Carlos Marques, destacou ainda à Lusa a “decisiva importância” do apoio de dois empresários portugueses radicados na cidade para a representação portuguesa neste festival anual das artes, que reflete culturas e géneros musicais de todos os cantos da África do Sul e do mundo.
Estes dois empresários, referiu o cônsul-geral, dispuseram-se a financiar a produção do espetáculo da banda portuguesa.
Os Deolinda gravaram o seu primeiro registo sonoro em Abril de 2008 e desde logo se tornaram uma referência dos novos sons e melodias da música tradicional portuguesa. Esse primeiro disco, “Canção ao Lado”, chegou, em maio de 2009, ao 4.º lugar da tabela de vendas discográficas World Music Charts Europe.
O segundo disco da banda, “Dois Selos e Um Carimbo”, entrou diretamente para o n.º1 do top português de vendas, em abril de 2010, e recebeu o galardão de platina em novembro do mesmo ano.