Segundo um comunicado da organização, a curta foi selecionada por subverter de maneira radical a história de Portugal, pela “maneira como os corpos são filmados, fragmentados e reconfigurados num só corpo, o corpo mítico de Afonso.”
Sobre o mesmo filme, a organização salienta ainda “as arriscadas apostas estéticas e a frontalidade com a qual é encarada a crise europeia, tanto económica, quanto de valores.”
Na categoria de melhor curta-metragem internacional foi também premiado, em ex aequo, o filme espanhol “Uma História para os Modlin”, de Sergio Oksman.
Voltando à produção lusa, a curta-metragem “Gambozinos”, de João Nicolau, foi premiado na categoria de Melhor Imagem, “pela maneira simples e forte como constrói uma fantasia”, revela a organização. O filme tinha sido já premiado na “Quinzena dos Realizadores”, um evento que decorre em paralelo com o Festival de Cannes.
Sob o tema “Manifestações”, a 6.ª edição do festival “trouxe uma seleção de produções questionadoras, políticas e polémicas.” De acordo com a organização, a edição deste ano registou um 'record' de 15 mil espectadores.