O regime cubano volta a dar sinais de abertura. Desta vez, o presidente Raúl Castro anunciou, sexta-feira, a libertação, nos próximos dias, de quase 3 mil prisioneiros, incluindo alguns estrangeiros condenados por crimes políticos como “gesto de boa vontade”.
O presidente cubano anunciou a libertação dos prisioneiros na Assembleia Nacional, afirmando que 86 prisioneiros estrangeiros de 25 países seriam soltos, desde que os países de origem aceitem a sua extradição
Muitos dos prisioneiros são doentes, idosos, mulheres e também “jovens que elevaram o seu nível cultural e as possibilidades de reinserção social”, explicou Raúl Castro citado pela agência de notícias cubana Prensa Latina.
Raúl Castro anunciou ainda, no parlamento, que serão liberados alguns condenados por delitos contra a segurança do Estado que cumpriram a maior parte da pena com boa conduta.
No entanto, o norte-americano Alan Gross, condenado por crimes contra o Estado, não é um dos libertados, segundo informação avançada pelas agências internacionais.
Raúl Castro também citou a visita iminente do papa Bento XVI como uma das razões para a amnistia, afirmando que a atitude humanitária mostra a força de Cuba.
No último mês de julho, o presidente Castro concordou, após conversas com a Igreja Católica, em libertar 52 dissidentes presos desde 2003.
As prisões em massa daquele ano, que ficaram conhecida como a “Primavera Negra de Cuba”, foram condenadas internacionalmente. A União Europeia cancelou a cooperação com a ilha, que só foi retomada em 2008.
Cuba tem tomado, desde 2010, medidas que mostram uma maior abertura do regime. Além da libertação de 52 prisioneiros em Julho do ano passado, este ano foi anunciada a liberalização das vendas de produtos agrícolas, bens imóveis e de veículos.
Uma das medidas mais aguardadas para acontecer na ilha é a flexibilização da sua política migratória. Raúl Castro fez referência ao assunto no seu discurso mas afirmou que ainda era “demasiado cedo” para avançar com uma medida concreta.
Os cubanos que quiserem sair do país têm de pedir um visto às autoridades nacionais e, na maior parte das vezes, esses vistos são negados.
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[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]