“Este anúncio confirma que existe um acordo entre o governo de Cuba, a Igreja e o governo da Espanha para libertar outros presos por motivos políticos além do grupo dos 52”, afirmou à AFP Elizardo Sánchez, porta-voz da ilegal, mas tolerada Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN).
Os presos em questão são Ciro Pérez Santana, 61 anos, Arturo Suárez Ramos, 46, e Rolando Jiménez Posada, 41, que aceitaram ir para a Espanha junto com seus familiares, segundo o comunicado entregue à imprensa por Orlando Márquez, porta-voz do Arcebispado de Havana.
Depois do inédito diálogo entre o cardeal Jaime Ortega e o presidente Raúl Castro, iniciado em 19 de maio passado, o governo decidiu pela libertação de 52 presos políticos que estavam na prisão, entre os 75 dissidentes presos em 2003.
O processo de libertação, previsto para três ou quatro meses, começou com o apoio da Espanha em julho passado, e até a presente data 38 presos viajaram para Madri com seus familiares e outro o fará nos próximos dias.
Pérez foi condenado a 20 anos de prisão em 1994 por posse de armas, saída ilegal do país e pirataria; Suárez a 30 anos em 1987 por pirataria e saída ilegal; e Jiménez a 12 anos por espionagem, em 2003, mas não foi incluído entre os 75.