Em Havana, Cuba, Jhonatan Reys juntou sabores de Portugal e de Cuba numa série de pratos que fizeram do seu restaurante um sucesso. Faz agora dois anos que, à mesa de 'PortoHabana', se servem especialidades tipicamente portuguesas, confecionadas por
Em Havana, Cuba, Jhonatan Reys juntou sabores de Portugal e de Cuba numa série de pratos que fizeram do seu restaurante um sucesso. Faz agora dois anos que, à mesa de 'PortoHabana', se servem especialidades tipicamente portuguesas, confecionadas por este antigo imigrante.
Rabanadas, leite-creme, língua de vaca estufada com ervilhas, cabrito, peixe grelhado e porco são apenas alguns exemplos de tradição portuguesa que Reys escolheu para representar o país onde foi imigrante durante dez anos. Voltou para Cuba há dois, depois da “abertura da ilha a pequenos negócios privados”, altura em que decidiu abrir o 'PortoHabana', um restaurante que homenageia a fusão gastronómica dos dois lados do Atlântico.
Nele, a par dos tradicionais pratos cubanos e de receitas europeias como tartes de queijo ou filet mignon, Jhonatan Reys decidiu serviu um pouco de Portugal, num estilo único que atrai os turistas de visita a Havana. Localizado numa zona de classe média em Havana, hoje em dia, conseguir um lugar sem reserva prévia tem vindo a ser cada vez mais difícil.
“O nome do restaurante é PortoHabana, porque são as minhas duas cidades de eleição”, revela. Confessa-se apaixonado pela cidade nortenha onde viveu 11 anos e, segundo conta, “quem emigra fica dividido entre dois sítios”. Embora tenha “nascido aqui, tenho amigos e família, mas vivi lá e mantenho nacionalidade portuguesa, amigos e gente de lá que quero como família”, conta o chef, de 32 anos, à Lusa.
De Portugal diz ter “saudades de tudo”. Dos lugares e “até de um restaurante da Avenida Boavista onde comia rojões, cabrito, carne portuguesa ao forno”. Para si, “Portugal foi tudo”. Depois de sair de Havana aos 21 anos, “foi em Portugal que comecei a absorver o que é toda a experiência da vida”.
Por cá, pôde “absorver experiências, conhecer coisas, ter acesso a tanta informação e aprender coisas que nunca imaginei que existiam”, salienta. Já em Cuba, “a gastronomia é diferente, a vida é mais calma, o tempo estica-se mais. Lá vive-se mais intensamente, há muita coisa para fazer, há muita informação, há muita liberdade”, diz.
Muitas das receitas que hoje fazem parte da ementa do 'PortoHabana' aprendeu com amigos portugueses que tinham restaurantes. Agora, para melhorar a oferta, decidiu, inclusive, enviar alguns funcionários a este lado do oceano, entre os quais um dos cozinheiros, que “aprendeu a fazer, por exemplo, o creme de ovo que levam os bolos”.
“Até aprendeu a fazer croissants à forma portuguesa que são mais doces, mais fofos e têm uma cor mais amarela”, diz.