O crítico de arte Adrian Searle ficou rendido aos “momentos enigmáticos, mágicos e espantosos” da exposição que consiste em 19 filmes silenciosos de 16mm e salienta o seu entusiasmo num extenso artigo divulgado esta quarta-feira.
A mostra da dupla portuguesa, em exibição no Camden Arts Centre, regista breves instantes do dia-a-dia, desde situações abstratas e incongruentes (como um cego a comer uma papaia) a momentos corriqueiros como o de um padeiro a fazer croissants ou ovos a estrelar numa frigideira.
Manipulando a velocidade das imagens em alta definição, que muitas vezes são projetadas em camara lenta, os dois artistas conseguem criar no público um sentimento de “expetativa e intensidade”, diz Adrian.
“Conseguem transformar qualquer coisa num drama e transformar qualquer coisa em arte”, conclui o crítico de arte do jornal britânico, que encontra nesta mostra ligações ao génio de Jorge Luis Borges, Fernando Pessoa ou Duchamp.
A mostra, batizada Papagaio, está em digressão internacional e estará em Londres até dia 29 de Março.
Notícia sugerida por Maria da Luz