“É um método único a nível europeu que permite, com uma manipulação pequena, que as células estejam aptas para serem usadas em transplantação”, explicou à Lusa o administrador executivo da Crioestaminal.
O processo está a ser desenvolvido em parceria com uma empresa americana, e passa pela recolha do cordão umbilical no momento do parto e posterior dissecação e seleção. À parte escolhida é adicionada uma enzima e a célula é então congelada.
A estas células dá-se o nome de células mesenquimais do tecido do cordão umbilical, e crê-se que as suas propriedades têm um elevado potencial na regeneração celular em caso de doenças como diabetes, colite ulcerosa, cirrose hepática, cardiomiopatias ou esclerose múltipla.
Portugal é o único pólo autorizado deste tipo de criopreservação
“Lançar para o mercado um produto com células mesenquimais do tecido do cordão umbilical é uma vantagem, porque são células diferentes do sangue do cordão umbilical, e são de certa forma complementares, quer nas suas aplicações, quer como são obtidas e são processadas”, disse André Gomes à Agência Lusa.
As células “têm propriedades imunoreguladoras muito importantes na altura de um transplante de sangue do cordão umbilical ou de medula óssea”.
Segundo contou o administrador da Crioestaminal, este método faz da empresa portuguesa o único laboratório autorizado no mercado pela Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação (ASST).
Atualmente a Crioestaminal trabalha também em Espanha e Itália. Com o novo serviço a empresa pretende aumentar o volume de negócios em 20%.
]Notícia sugerida por Patrícia Guedes]