Mas como chegaram até aqui?
Em 2003, após reconhecer o poder das terapias celulares, um grupo de investigadores e profissionais de Saúde lançou a primeira empresa de criopreservação a operar em Portugal.
Abrangendo a conservação das células por longos períodos de tempo, a baixas temperaturas (-196º C), sem que estas percam a sua viabilidade, o método de criopreservação das células estaminais do sangue do cordão umbilical (células estaminais hematopoiéticas) foi o primeiro serviço a ser operado pela Crioestaminal.
Três anos depois, investiram na criação de um laboratório próprio com 300 m2, recentemente ampliado em 150 m2, aumentando a capacidade de armazenamento para 300 mil amostras.
O reconhecimento do bom trabalho desempenhado até então chega em 2010, ao serem o primeiro e único banco de células em Portugal acreditado pela American Association of Blood Banks. Esta entidade independente, sem fins lucrativos e com as normas de acreditação mais rígidas em todo o mundo, apenas deu atribuição idêntica a sete instituições na Europa. No mesmo ano, a Crioestaminal tornou-se na primeira organização autorizada pelo Ministério da Saúde por cumprimento de requisitos de qualidade e segurança no tratamento e preservação dos tecidos e células de origem humana.
Entretanto, a empresa sediada no Biocant, em Cantanhede, expande-se na criopreservação das células estaminais do tecido do cordão umbilical: as células estaminais mesenquimais, com capacidade de diferenciar-se em cartilagem, osso e músculo, entre outros tecidos, estando atualmente a ser investigadas no âmbito da medicina regenerativa.
Com possibilidade de serem guardas por um período de 25 anos, as células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical podem ser facilmente descongeladas em caso de necessidade. Porém, enquanto as células estaminais do sangue do cordão umbilical criopreservadas podem ser usadas no tratamento de mais de 80 doenças, as do tecido do cordão umbilical são mais eficazes em transplantes hematopoiéticos, podendo aumentar a probabilidade de sucesso dos mesmos.
E como testemunho do potencial de aplicação das células estaminais do sangue do cordão umbilical no tratamento efetivo de doenças, já foram utilizadas em 13 transplantes oito amostras guardadas na Crioestaminal. Um num caso de imunodeficiência combinada severa, realizado no IPO do Porto; seis no âmbito de paralisia cerebral realizados nos Estados Unidos da América (EUA) e um em Madrid.
Não obstante, importa assinalar que a Crioestaminal também tem investido em i&d, num total de dois milhões de euros nos últimos três anos. Esta aposta tornou-os similarmente referência na terapêutica com células estaminais com duas patentes internacionais registadas, fruto dos projetos Isocord e Injectcord, no âmbito da cicatrização das feridas em diabetes crónicos.
Ao mesmo tempo executam outros projetos de investigação, alguns em parceria com centros de i&d e universidades ligadas à Medicina e Saúde.
Prevendo arrancar em breve com o ensaio clínico inaugural, no final de 2015 lançaram o primeiro Banco Mundial de Doação para investigação com células estaminais doadas por portugueses.
Neste momento, com 70 mil amostras armazenadas, a Crioestaminal opera em Po
rtugal, Espanha e Itália, e em pouco tempo irão entrar no mercado suíço.
Já neste ano, a excelência dos serviços da Crioestaminal foi destacada pela Bioinformant. A única empresa dedicada à análise do setor das células estaminais do cordão umbilical colocou a Crioestaminal no top 10 dos mais influentes e inovadores bancos de criopreservação de células estaminais do cordão umbilical do mundo. E os portugueses atestam o mesmo ao elegerem, desde 2014, a Crioestaminal como “Escolha do Consumidor”.
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