As crianças entre os dois e os quatro anos de idade que brincam com puzzles têm melhores capacidades matemáticas no futuro, concluiu um estudo realizado por investigadores da Universidade de Chicago.
As crianças entre os dois e os quatro anos de idade que brincam com puzzles têm melhores capacidades matemáticas no futuro. É esta a conclusão de um estudo realizado por investigadores da Universidade de Chicago (E.U.A.), publicado na “Developmental Science”, a 17 de Fevereiro.
Este estudo é pioneiro por analisar as atividades diárias num ambiente normal e caseiro. Foram analisados vídeos de 53 casais de diferentes meios sócioeconómicos em interação com os seus filhos durante hora e meia. O mesmo procedimento foi repetido de quatro em quatro meses.
Entre as várias atividades, os investigadores perceberam que as crianças entre os 26 e os 46 meses que brincaram com puzzles acabaram por demonstrar melhores aptidões de visualização espacial quando chegaram aos quatro anos e meio.
Susan Levine, autora do estudo e especialista em desenvolvimento matemático nas crianças, explicou à Science Daily que estas crianças “têm um desempenho melhor do que as que não brincaram com puzzles, em tarefas que põem à prova a sua habilidade de transformar formas”, o que pode determinar futuras carreiras na área das Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática (“STEM”).
Analisou-se ainda de que forma os puzzles determinavam o desenvolvimento de competências espaciais. Para tal, as crianças foram divididas em dois grupos: o grupo dos meninos e o grupo das meninas.
Ao primeiro grupo foram dados puzzles com maior grau de dificuldade e os pais abordaram conceitos de espaço. Aos 54 meses verificou-se que o grupo de meninos demonstrava melhor desempenho em tarefas de “transformação mental” do que as meninas.
Por isso, Susan Levine defende que é preciso realizar mais estudos que completem os resultados observados. “É necessário perceber se os conceitos fornecidos pelos pais se refletem efetivamente no desenvolvimento das capacidades”, disse à Science Daily.
Estão, assim, a ser feitos mais estudos em laboratório, nos quais os pais dão os mesmos puzzles a meninos e a meninas, de modo a verificar se a interação com os pais e a abordagem de conceitos espaciais levaram à melhoria de competências espaciais e perceber a causa da diferença de resultados entre os sexos.
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[Notícia sugerida por Vítor Fernandes e Maria Sousa]
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