A ingestão diária de ómega-3, ácido gordo encontrado no peixe e nos frutos do mar, mas também em determinados vegetais, como as algas, melhora as capacidades de leitura e o comportamento das crianças que têm mais dificuldades em aprender a ler.
A ingestão diária de ómega-3, ácido gordo encontrado em peixes como a sardinha e o salmão e nos frutos do mar, mas também em determinados vegetais, como as algas, melhora as capacidades de leitura e o comportamento das crianças do ensino primário que têm mais dificuldades do que a média em aprender a ler.
A conclusão é de um novo estudo realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, que trabalhou com crianças com idades entre os 7 e os 9 anos que tiveram um desempenho inferior à média nos testes de leitura padrão efetuados nas escolas públicas do país.
Os investigadores Alexandra Richardson e Paul Montgomery identificaram 362 crianças saudáveis de escolas públicas de Oxfordshire que se inseriam nas condições pretendidas. Parte do grupo recebeu um placebo e a restante parcela ingeriu uma dose diária de 600 mg de ómega-3 extraído de óleo de algas.
A escolha das algas foi, explica a equipa em comunicado, tornar os resultados do estudo “também adequados aos vegetarianos”, mostrando que este ácido gordo não se encontra apenas no peixe. Ao longo de 16 semanas, a escola forneceu as cápsulas de ómega-3 aos alunos ao longo da semana, sendo os pais responsáveis pela administração das vitaminas nas outras ocasiões.
“Os nossos resultados demonstraram que a ingestão diária de suplementos de ómega-3 melhorou as capacidades de leitura das crianças com mais dificuldades, ajudando-as a acompanhar o nível dos colegas”, afirma Alexandra Richardson, uma das coordenadoras da investigação publicada na revista científica norte-americana PLoS One.
Além das melhorias ao nível da leitura, adiantou a equipa britânica, os pais das crianças envolvidas no estudo relataram também que, durante a toma dos suplementos, os filhos apresentaram melhorias globais em termos de comportamento demonstrando, por exemplo, menos indícios de hiperatividade ou desobediência.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).