Numa era em que os brinquedos são cada vez dependentes de pilhas, um projeto de investigação português prepara-se para conhecer melhor o seu uso pelos mais novos e sensibilizá-los para a necessidade de reciclar.
Numa era em que os brinquedos são cada vez mais eletrónicos – e, consequentemente, dependentes de pilhas -, um projeto de investigação português prepara-se para conhecer melhor a utilização que os mais novos fazem das mesmas e o grau de conhecimento que têm acerca do destino que devem dar-lhes depois de gastas. O objetivo é sensibilizar para a necessidade de reciclar este resíduo.
O trabalho de marketing social e educação ambiental está a ser desenvolvido por estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e foi o vencedor do concurso ERP Eco Sustainability Award'12 Portugal da Associação Gestora de Resíduos ERP, que valeu aos jovens uma bolsa de seis mil euros e um prémio de 3.500 euros à orientadora.
O projeto em causa avalia o número de pilhas que, em média, as crianças têm em casa, um dado importante para a restão deste resíduo, e também a forma como as tratam. Em declarações à Lusa, a coordenadora do projeto, Maria da Graça Martinho, explicou que foi feita “uma proposta com um pequeno caso de estudo que será alargado a uma iniciativa a nível nacional” e que o próximo passo é “fazer um inquérito aos jovens entre os nove e os 12 anos”.
“Cada vez há mais brinquedos com pilhas ou baterias incorporadas, desde os clássicos às consolas e computadores, e a maior parte dos jovens não estão conscientes” dos seus efeitos poluidores no final do seu tempo de vida útil. Portanto, a equipa propõe-se “avaliar se [os mais novos] têm consciência da quantidade de pilhas e baterias dos seus brinquedos e o que lhes fazem quando necessitam de ser substituídas”.
Segundo a professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia, os investigadores vão também tentar saber qual a perceção dos riscos em relação a estes resíduos”. Numa segunda fase, os jovens vão receber um manual para registarem o número de pilhas e acumuladores que gastam por brinquedo e um guia de boas práticas.
“O objetivo é sensibilizar os jovens para a questão das pilhas e baterias, para a necessidade de colocá-las no local correto depois de gastas”, concluiu Maria da Graça Martinho, que trabalhou em conjunto com a investigadora Joana Santos na orientação dos estudantes Gonçalo Portela, Sandrina Samagaio e Catarina Pereira.